sábado, 30 de agosto de 2014

APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA EM GHIAIE DI BONATE (ITÁLIA) À VIDENTE ADELAIDE RONCALLI


A paróquia de Ghiaie di Bonate fica na diocese de Bergamo, a mais ou menos 10 km da capital. Se pode chegar de Milão ou de Brescia em cerca uma hora de rotovia, saindo no pedágio de Capriate e indo em direção a Ponte São Pedro.
Na altura do rondó de Bonate Sopra, depois do posto de gasolina, vira-se a direita e desce em direção a Ghiaie di Bonate. Poucas viradas nas ruas da cidade e se chega ao local das aparições de 1944 onde foi feita, como recordação uma capela.


Ghiaie di Bonate recebe o seu nome do terreno saibroso do Rio Brembo. Faz parte de Bonate Sopra e em pequena parte de Presezzo. Paróquia, eclesiasticamente, desde 1921, Ghiaie di Bonate, foi reconhecida civilmente, depois de muitas contestações, em 29 de março de 1944, na vigília das aparições. É a única paróquia da diocese consagrada a Sagrada família. 

O Torchio é um pequeno bairro de Ghiaie que compreende algumas poucas casas perto do rio Brembo, entre uma extensão de campos e um viveiro de coníferas, dominado pelo planalto da Ilha que serviu de anfiteatro para as grandes multidões que estiveram presentes durante as aparições. De fato, desde 13 de maio até 31 de julho de 1944, nesta cidadezinha da região de Bergamo, vieram mais de três milhões de peregrinos, uma maré de pessoas que vieram a pé ou com outrosmeios colocando em perigo a sua vida por causa dos contínuos bombardeamentos e metralhamentos.
A Segunda Guerra Mundial afligia a Itália com lutas e ruínas. As pessoas viviam na angústia

e com privações de todo tipo e o sonho de paz parecia inalcançável. Quando tudo parecia perdido para a Itália e para o mundo, quando o Papa corria o perigo de ser deportado para a Alemanha, a esperança voltou a nascer por milagre. Nesta cidadezinha desconhecida do mundo, no fim de tarde de 13 de maio de 1944, Nossa Senhora apareceu a uma menina de 7 anos.
Como havia acontecido em Fatima em 13 de maio de 1917 durante a Primeira Guerra Mundial, Nossa Senhora desce de novo em 13 de maio para lançar ao mundo, despedaçado pela Segunda Guerra Mundial, as suas mensagens de esperança e de paz.

As aparições de Ghiaie di Bonate foram definidas "O epílogo de Fatima".


Em 1944, a Torchio, bairro de Ghiaie di Bonate, habitava a família Roncalli, formada pelo filho Luigi e sete filhas: Caterina, Maria, Adelaide, Palmina, Annunziata e Romana ( e Federica morta em tenraidade). Papai Enrico tinha renunciado a vida de agricultor e trabalhava como operário em uma fábrica local. A mamãe Anna Gamba, dona de casa, devia cuidar com muita paciência a numerosa prole.

Adelaide tinha naquele momento 7 anos. Tinha nascido em 23 de abril de 1937 as 11:00 horas em Torchio e batizada em 25 de abril pelo padre Don Cesare Vitale. Freqüentava o primeiro ano escolar, era uma menina comum, cheia de saúde e de vivacidade, que gostava de brincar. Nada fazia pensar que naquela tarde de 13 de maio de 1944 quando aparece a Sagrada Família, que o seu nome não só teria ultrapassado os limites da Itália como também da Europa.
Enquanto o mundo queimava entre as chamas do ódio e das armas e a guerra parecia não acabar nunca, Nossa Senhora, mãe da união e rainha da paz, escolheu uma menina de Bonate, Adelaide Roncalli, para lançar as suas mensagens ao mundo. Aparece a menina por 13 dias em dois ciclos: o primeiro de 13 a 21 de maio o segundo de 28 a 31 de maio.

Nossa Senhora previu:
" sofrerás muito, mas não desanimes porque depois virás comigo no paraíso. " "Neste vale de lágrimas serás uma pequena mártir... "
Mas Adelaide era muito pequena para avaliar súbito a gravidade destas palavras. Depois das aparições, foi isolada, aterrorizada, amedrontada e atormentada psicologicamente, tanto que alguém, em 15 de setembro de 1945, conseguiu que ela escrevesse uma retratação que pesará como uma pedra no processo de reconhecimento das aparições. 

Em 12 de julho de 1946, desmentiu a retratação que tinha sido ditada, reafirmando por escrito a veracidade das aparições, mas infelizmente não teve o êxito esperado porque em 30 de abril de 1948 o bispo de Bergamo, monsenhor Bernareggi emitiu um decreto de "não consta" proibindo qualquer forma de devoção a Nossa Senhora, venerada como tinha aparecido em Ghiaie di Bonate. 

Deslocada para lá e para cá, contra a sua vontade e as escondidas do seus pais, questionada, ridicularizada e caluniada, Adelaide levou a sua cruz, longe de casa. 

Quando completou 15 anos, obteve do bispo permissão para entrar entre as Madres Sacrementinas de Bergamo. Quando morre o bispo, alguém consegui uma ordem para fazer-la sair do convento constringindo-a a renunciar ao desenho vocacional que Maria tinha manifestado para ela. Esta renúncia lhe trouxe muito sofrimento e uma longa doença. 

Qualquer adolescente sairia destruída de uma situação como a sua, mas Adelaide era forte e melhorou. Cansada de esperar que as portas do convento se reabrissem, decidiu casar-se e ir morar em Milão onde se dedicou com sacrifício aos doentes. Passam os anos e Adelaide contínuo fechada no silêncio que lhe foi imposto pelos superiores. 

Finalmente, valendo-se dos decretos do Conselho Vaticano em matéria do direito a informação, Adelaide se sentiu livre dos vetos que lhe tinham sido impostos e decide reafirmar solenemente e oficialmente, na frente de um tabelião, a verdade das aparições. 

As 13 Aparições
 1ª APARIÇÃO

Data: Sabado, 13 de maio de 1944

Hora: 18:00
Presentes: Adelaide e algumas meninas 
Visão: A Sagrada Família

 2ª APARIÇÃO
Data: Domingo, 14 de maio de 1944
Hora: 18:00
Presentes: Adelaide e algumas meninas e um menino
Visão: A Sagrada Família 

 3ª APARIÇÃO
Data: Segunda-feira, 15 de maio de 1944
Hora: 18:00
Presentes: Adelaide, 2 amiguinhas e uma centena de pessoas 
Visão: A Sagrada Família (mais luminosa do que de costume) 

 4ª APARIÇÃO
Data: Terça-feira, 16 de maio de 1944
Hora: 18:00
Presentes: Cerca 150 pessoas 
Visão: A Sagrada Família 

 5ª APARIÇÃO
Data: Quarta-feira, 17 de maio de 1944
Hora: 18:00
Presentes: Cerca 3.000 pessoas 
Visão: Virgem Maria com oito anjinhos 

 6ª APARIÇÃO
Data: Quinta-feira, 18 de maio , festa da Ascensão
Hora: 18:00
Presentes: Cerca 7.000 pessoas 
Visão: Virgem Maria com oito anjinhos 

 7ª APARIÇÃO
Data: Sexta-feira, 19 de maio de 1944
Hora: 18:00
Presentes: Cerca 10.000 pessoas 
Visão: A Sagrada Família 

 8ª APARIÇÃO
Data: Sabado, 20 de maio de 1944
Hora: 18:00
Presentes: Cerca 30.000 pessoas 
Visão: A Sagrada Família

 9ª APARIÇÃO
Data: Domingo, 21 de maio de 1944
Hora: 18:00
Presentes: Cerca 200.000 pessoas 
Visão: A Sagrada Família 

 10ª APARIÇÃO
Data: Domingo, 28 de maio de 1944
Hora: 18:00
Presentes: Cerca 300.000 pessoas 
Visão: A Virgem Maria com dois Santos ao lado 

 11ª APARIÇÃO
Data: Segunda-feira, 29 de maio de 1944
Hora: 18:32
Presentes: Cerca 300.000 pessoas
Visão: Virgem Maria com anjinhos 

 12ª APARIÇÃO
Data: Terça-feira, 30 de maio de 1944
Hora: 18:50
Presentes: Cerca 250.000 
Visão: Virgem Maria com anjinhos 

 13ª APARIÇÃO
Data: Quarta-feira, 31 de maio de 1944
Hora: 20:00
Presentes: Cerca 350.000 pessoas 
Visão: A Sagrada Família

Os Ensinamentos

Hoje freqüentemente a família é incapaz de assumir os papéis que lhe são próprios. Não existe mais comunicação, existem muitos conflitos entre os cônjuges, entre pais e filhos. As idéias e os estilos de vida são de uma sociedade violenta cheia de permissividade e de consumismo onde tudo não é mais sagrado.

Os jovens, de frente a idéias, a modas sempre mais destruidoras que não os ajudam a distinguir entre o bem e o mal, estão confusos e sem confiança nos outros e neles mesmos. 

A família de hoje não atua mais como filtro e não propõe os valores que lhe eram próprios.

O matrimônio não é uma Aventura, não é uma experiência sem conseqüências é uma grande responsabilidade em relação a Deus e ao próximo. Educar os filhos não é fácil. Com as mensagens de Ghiaie di Bonate, Nossa Senhora ainda nos mostra ainda que não pode existir uma verdadeira família sem viver confiantes entre as Suas mãos.


1. A unidade e a santidade da família
A visão de Adelaide, na nona aparição, é emblemática e recolhe todos os ensinamentos sobre a santidade da família evidenciando as quatro virtudes indispensáveis: a paciência, a fidelidade, a brandura e o silêncio familiar. É uma autêntica obra-prima de bondade divina.

O casal de pombinhas representam os dois membros da família, a Sagrada Família, o exemplo para toda família. O cavalo, o chefe da família, dominado pela tentação, abandona a oração, se levanta, passa atrás de Nossa Senhora, sai pela porta aberta (a liberdade que Deus dá a cada criatura) e vai para um campo de lírios que quer pisar.

A ovelha branca, o outro cônjuge, fica na igreja, rezando com as duas virtudes: o cão manchado ( a fidelidade traída) e o burrinho cinza ( a paciência penitente que devem ter os cônjuges).

A oração, o valor da fidelidade ofendida e da paciência penitente mexem com Deus que manda S. José para ajudar, ele vai surpreender o animal em erro e o leva com docilidade ao perdão e a oração. Assim se recompõe a unidade e a santidade da família. 

2. Os deveres dos filhos
"Deve ser boa,obediente, respeitosa com o próximo e sincera: ora bem..." (1º)
"Deve ser boa,obediente, sincera e rezar bem, respeitosa com o próximo". (2º) 


Os filhos também devem colaborar para o bem da família. Nas primeiras duas aparições Nossa Senhora mostra as crianças e aos maiores um programa concreto de vida familiar colocando em evidência os seguintes deveres: bondade, obediência, respeito com o próximo, sinceridade e oração. 

3. A oração e a penitência
"Diga a eles que se querem que os filhos se curem devem fazer penitência, rezar muito e evitar certos pecados. Se os homens fizerem penitência a guerra acabará entre dois meses, senão em pouco menos de dois anos. "(3º)

"Reza pelos pobres pecadores que precisam das orações das crianças. "(4º)

"Oração e penitência. Reza pelos pecadores mais obstinados que estão morrendo neste momento e que machucam o meu coração".(6º)

" A oração que eu mais gosto é a Ave Maria". (6º)

"Reza também pelo Santo padre que passa por maus momentos." (10º)

"Reza muito por aqueles que tem a alma doente, o meu filho Jeus morreu na cruz para salvar todos. Muitos não compreendem estas minhas palavras e por isto eu sofro. " (11º)

"Reza pelo Papa e diga-lhe para fazer logo porque quero ser zelosa com todos neste local. Qualquer coisa que me for pedido, intercederei junto a meu filho." (13º) 

Nossa Senhora falou as famílias pedindo para rezarem e fazerem penitência para a salvação da instituição familiar. É necessário rezar bem e fazer as crianças rezarem porque a oração dos inocentes, pedida por Nossa Senhora, resgatará os pobres pecadores. Também a guerra é causa e fruto de tantos pecados e incita a fazer penitência e rezar pela paz.

4. A meditação
"Meditas nestas palavras cada dia da tua vida, tenha coragem em todas as dificuldades." (7º)

" Amanhã será a última vez que te falo, depois por 7 dias te deixo pensar bem no que eu te disse. Procura entender bem porque quando fores maior te servirá muito se quiser ser toda minha." (8º) 

Nossa Senhora nos convida também a refletirmos no que disse a Adelaide. Mestre de vida espiritual, quer que entendamos as coisas que nos ensinou porque serão muito úteis para o nosso caminho em direção a salvação. 

5. O amor ao próximo
"Deve ser boa, obediente, respeitosa com o próximo e sincera: reza bem e volte neste lugar por nove noites sempre a esta hora" (1º) 

"Deve ser boa, obediente, respeitosa com o próximo e sincera: reza bem e volte neste lugar por nove noites sempre a esta hora"(2º) 

"A paz não vai demorar, mas o meu coração espera aquela paz mundial na qual todos se amem como irmãos". (10º) 

6. O sofrimento - O sofrimento de Nossa Senhora
"Reza pelos pecadores mais obstinados que estão morrendo neste momento e que machucam o meu coração".(6º) 

" Reza pelos pecadores obstinados que fazem sofrer o meu coração porque não pensam na morte." (10º) 

Reza muito por aqueles que têm a alma doente, o meu filho Jeus morreu na cruz para salvar todos. Muitos não compreendem estas minhas palavras e por isto eu sofro. "(11º) 


O sofrimento do Papa e da Igreja
Reza também pelo Santo padre que passa por maus momentos. Tantos o maltratam e muitos atentam contra a sua vida. Eu o protegerei e ele não sairá do Vaticano. A paz não vai demorar, mas o meu coração espera aquela paz mundial na qual todos se amem como irmãos. Só assim o Papa sofrerá menos".(10º) 

O sofrimento de Adelaide
Sofrerás muito, mas não chores porque depois virás comigo no Paraíso."(2º) 
"Meditas nestas palavras cada dia da tua vida, tenha coragem em todas as dificuldades." (7º) 

" Querida menina, você é toda minha, mas mesmo estando no meu coração, amanhã te deixarei neste vale de lágrimas e dor. Me reverás na hora da tua morte e enrolada no meu véu te levarei ao céu. Com você também irão todos aqueles que te compreendem e sofrem".(12º)

" Querida filhinha, sinto muito ter que te deixar, mas a minha hora passou, não te assustes se por um pouco não me verás. Pensa no que te disse, na hora da tua morte virei de novo. Nesta vale de dores serás uma pequena mártir. Não percas a coragem, desejo logo o meu triunfo." (13º)

"Serei a tua recompensa se o teu martírio for alegre. Estas minhas palavras te servirão de conforto na provação. Suporta tudo com paciência que virás comigo no paraíso. . Ficas alegre que nos veremos ainda pequena mártir".(13º) 


O sofrimento dos doentes
" Não, não é necessário que próprio todos venham aqui, aqueles que podem venham que de acordo com os seus sacrifícios serão curados ou continuarão doentes, mas não façam mais pecados graves". (7º)

" Os doentes que querem sarar devem ter maior confiança e santificar os seus sofrimentos se querem ir ao paraíso. Se não fizerem isto, não receberão nenhum prêmio e serão severamente castigados. Espero que todos aqueles que conhecem minha palavra façam todos os esforços para merecer o paraíso. Aqueles que sofrerem sem lamento obterão de mim e do meu Filho tudo que pedirem." (11º) 


O sofrimento da alma
Reza muito por aqueles que têm a alma doente, o meu filho Jeus morreu na cruz para salvar todos. Muitos não compreendem estas minhas palavras e por isto eu sofro. "(11º)

7. A paz
Se os homens fizerem penitência a guerra acabará entre dois meses, senão em pouco menos de dois anos. "(3º)

Reza também pelo Santo padre que passa por maus momentos. Tantos o maltratam e muitos atentam contra a sua vida. Eu o protegerei e ele não sairá do Vaticano. A paz não vai demorar, mas o meu coração espera aquela paz mundial na qual todos se amem como irmãos. Só assim o Papa sofrerá menos". (10º) 


8. Não aos pecados graves
"Tantas mães tem as crianças infelizes pelos seus pecados graves; não façam mais pecados e as crianças se curarão. "(4º)

"Reza pelos pecadores mais obstinados que estão morrendo neste momento e que machucam o meu coração".(6º)

" Não, não é necessário que próprio todos venham aqui, aqueles que podem venham que de acordo com os seus sacrifícios serão curados ou continuarão doentes, mas não façam mais pecados graves". (7º) 
" Reza pelos pecadores obstinados que fazem sofrer o meu coração porque não pensam na morte." (10º) 

"Reza muito por aqueles que têm a alma doente, o meu filho Jeus morreu na cruz para salvar todos. Muitos não compreendem estas minhas palavras e por isto eu sofro. "(11º)


Uma grande parte das doenças das crianças se deve as más inclinações dos pais (droga, sexo, álcool,...) e destes hábitos ruins a hereditariedade triste do castigo. Os princípios éticos caíram e certos pecados (contracepção, aborto provocado, divórcio, relações pré-matrimoniais ou extra-conjugais) obtiveram plena aceitação pela lei. E agora, todo respeito pela vida caiu, é a vez da eutanásia empurrada pela lógica inexorável de uma sociedade insensível. Nossa Senhora nos colocou em guarda e nos passou uma mensagem premonitória ! 

9. A conversão
"... muitos se converterão e eu serei reconhecida pela Igreja" (7º) 
10. O triunfo
"... e eu serei reconhecida pela Igreja"(7º) 

"Não percas a coragem, desejo logo o meu triunfo. Reza pelo Papa e diga-lhe para fazer logo porque quero ser zelosa com todos neste local." (13º) 


11. O arrependimento e a reparação

"Aqueles que voluntariamente te farão sofrer não irão para o paraíso se antes não tiverem consertado tudo e se arrependido profundamente." (13º) 

É uma advertência grave que pesa sobre todos e acima de tudo sobre aqueles que, em 1944, de frente a tantas provas assim fortes, voluntariamente contribuíram ou contribuem ainda a obstacular o que era a inocência de uma menina de 7 anos.

As palavras de advertência de Nossa Senhora pesam como uma rocha em toda a história das aparições de Ghiaie di Bonate.
Vamos meditar ainda e aceitar este convite ao arrependimento e a reparação. 

Miserere nostri Domini, Miserere nostri. 

A intervenção de Don Cortesi
Don Luigi Cortesi, jovem e brilhante professor do Seminário de Bergamo , filosofo, chegou em Ghiaie di Bonate numa sexta-feira, 19 de maio de 1944. Começou a pesquisar logo com o espírito indagador do estudioso, com distinção e cortesia, tanto que não lhe foi difícil controlar a situação e entrar no papel de inquisitor dos fatos de Ghiaie. Não veio com um mandado do Bispo mas de própria iniciativa. Assistindo as visões, violou a proibição do Bispo mas pensou que a autoridade eclesiástica devia tolerar que alguém violasse a proibição para indagar e referir exatamente os fatos.

Em 22 de maio apresentou um amplo relatório ao Bispo que não o repreendeu mas agradeceu. 
Interpretou aquele agradecimento como uma permissão velada e continuou a estudar a menina que neste período tinha sido levada para Bergamo. Em 27 de maio, a permissão velada se torna permissão explícita e daquele dia don Cortesi comandou a situação. Depois das aparições a menina foi afastada de Ghiaie e don Cortesi deu ordem para que ninguem se aproximasse da menina sem a sua permissão. 

A retratação
Don Cortesi logo passou a fazer o advogado do diabo e submeteu a menina a duras provas, com fortes pressões sobre a psique e a consciência da menina. Em 15 de setembro de 1945 conseguiu finalmente que ela retratasse, fazendo-a escrever com engano, em uma página do caderno: 

" Não é verdade que eu vi Nossa Senhora. Disse uma mentira porque não vi nada. Não tive coragem de contar a verdade, mas depois disse tudo a don Cortesi. Agora estou arrependida de tanta mentira. Adelaide Roncalli. Bergamo 15 de setembro de 1945." 

Foi assim que Adelaide conta este episódio no seu diário:
" Numa sala das irmãs Ursulinas de Bergamo, depois de ter fechado as portas, don Cortesi me ditou as palavras que deveria escrever no desventurado bilhete. Me lembro muito bem que, devido a violência moral a qual estava sendo submetida, o manchei e ele dividiu a página e me fez refazer, com muita paciência, a fim de conseguir o que queria. Assim a traição aconteceu. 

Esteve realmente mal por muito tempo e don Cortesi continuou a sua cruel obra inquisitora. Depois de muitas queixas de pessoas honestas, o bispo de Bergamo acabou, mas muito tarde, por proibir peremptoriamente a don Cortesi de aproximar-se da menina. 

A reafirmação
Quando voltou em família para algumas semanas de férias, em 12 de julho de 1946 na escola materna de Ghiaie di Bonate reafirmou por escrito o que segue:
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"Ghiaie Bergamo 12-7-1946
Roncalli Adelaide 

É verdade que eu via Nossa Senhora ( eu disse que não tinha visto Nossa Senhora porque assim me havia ditado Don Cortesi e para obedecer a ele, escrevi isto).
Roncalli Adelaide"

A folha foi assinada por 7 testemunhas: o padre, 4 freiras, Rota Agnese e Roncalli Annunciata. 
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Adelaide escreve em um diário:

"Em 1947 fui para as Freiras do "Conhecimento"e, aqui, fiz o meu grande erro, narrei tudo o que tinha visto nas aparições, afirmando com precisão de ter visto Nossa Senhora e sentido as suas palavras. Quando acabei a narração, fiquei com muito medo das palavras de don Cortesi: " é pecado afirmar ter visto Nossa Senhora." me dominaram. Num primeiro momento calei, depois decidi repetir o que tinha aprendido de don Cortesi, e por isso disse não ter visto Nossa Senhora". 

Bastam estas linhas para entender com qual violência psicológica don Cortesi tinha a menina em uma relação de total dependência. 

O relatório favorável de padre Agostino Gemelli

Em 11 de julho de 1944, padre Agostino Gemelli, psiquiatra e psicólogo de fama internacional, encarregado expressamente pelo Bispo de realizar exames completos na menina Adelaide escreveu, entre outras coisas, na conclusão do seu longo relatório enviado a Monsenhor Bernareggi, bispo de Bergamo:

"Podemos excluir que seja um sujeito anormal no qual a mentira seja a razão da narração das visões tidas. A observação prolongada de quatro dias me permitiu, principalmente através de testes mentais, trazer a luz tal personalidade na qual apareceria de forma evidente o desejo de enganar ou apresentar de maneira diferente da realidade a própria personalidade. Se pode excluir de forma total, ainda mais porque a menina não conta mais espontaneamente sua narração das visões; interrogada, abaixa a cabeça, fica séria, calada, alem disso toda a sua personalidade se apresenta ao psiquiatra como uma personalidade dominada pela expontaneidade, pela simplicidade, pela instantaneidade, ou seja características que não podem ser imitadas por uma menina....
Estamos de frente a um tipo precocemente positivo, realista, sintético, ou seja completamente oposto a um tipo histérico... graças a exclusão de formas doentias da personalidade ou não típica a esta, podemos afirmar que se as afirmadas visões de Bonate são verdadeiras, não é obra de uma mente doente, ou seja efeito de imaginação, ou de sugestão... "

Padre Gemelli foi obstinadamente contrastado por don Cortesi. 

O processo
A comissão teológica, infelizmente, se deixou guiar no seu trabalho de pesquisa por don Luigi Cortesi que assumiu arbitrariamente e sem nenhuma garantia de legalidade. 

Entre 21 de maio e 10 de julho de 1947, o tribunal eclesiástico se reuniu e Adelaide foi chamada a depor. Durante os interrogatórios, à menina foi apresentado o seu bilhete com a negação. Adelaide se sentiu enganada por don Cortesi e preferiu ficar em silêncio e chorar. 

Em 1960, Adelaide contou a Padre Mário Mason, sobre o seu interrogatório no processo:
"quando assinei aquela carta, que ele mesmo havia ditado dizendo que era reservada só a ele, dentro de mim senti súbito que aquilo que havia escrito era falso. Mas infelizmente don Cortesi já tinha pegado a carta assinada. Rever aquela carta no dia do meu interrogatório na mão dos juízes da Curia de Bergamo, e depois o juramento de contar toda a verdade...compreendi mais ainda que tinha sido enganada por Don Cortesi. Que coisa podia fazer? Podia ousar denunciar don Cortesi a tantos padres como um falso? Preferi calar e chorar."
(Ver: "Lâmpadas viventes", fevereiro 1978, Milão)
O decreto episcopal
Em 30 de abril de 1948, o bispo de Bergamo emitiu o seguinte decreto: 

"Adriano Bernareggi, prelado doméstico de Sua Santidade, Assistente do Poder Pontificio, e conde, pelas graças deDeus e da Santa Sede Apostólica, Bispo de Bergamo - tendo examinado atentamente os estudos diligentes e ponderados realizados pela Comissão Teológica nominada através do Decreto episcopal em 28 de outubro de 1944 para o exame das aparições e revelações de Nossa Senhora a menina Adelaide Roncalli em Ghiaie di Bonate, em maio de 1944; e tendo presente as conclusões a que a mesma Comissão chegou depois de minuciosas pesquisas aos fatos e as várias circunstâncias concernentes as afirmadas aparições e revelações, 

Com o presente ato declara: 

1. Não consta a realidade das aparições e revelações da Virgem Maria a Adelaide Roncalli em Ghiaie di Bonate em maio de 1944.
2. Com isto não queremos excluir que Nossa Senhora, evocada com fé pelas pessoas de boa vontade que acreditaram na sua aparição a Ghiaie, possa ter concedido graças especiais e curas não comuns, premiando de tal forma a devoção para com Ela.
3. Em virtude do presente Ato, toda forma de devoção a Nossa Senhora, venerada como apareceu em Ghiaie di Bonate, pela lei canônica fica proibida.
Bergamo, 30 de abril de 1948
Adriano Bernareggi bispo de Bergamo". 

As curas
Muitas foram os depoimentos dos doentes curados durante e depois das aparições. Várias curas foram instantâneas, perfeitas e inexplicáveis. Durante aquele período, foi também instituído uma seção apropriada para as costumeiras pesquisas.
No decreto do bispo se lê. "Com isto não queremos excluir que Nossa Senhora, evocada com fé pelas pessoas de boa vontade que acreditaram em sua aparição a Ghiaie, possa ter concedido graças especiais e curas não comuns, premiando de tal forma a devoção para com Ela." Lendo o acima afirmado, nas pessoas comuns, ficam duas dúvidas persistentes. 

1. Tantos doentes, curados inexplicavelmente entre 13 de maio de 1944 até o juízo do bispo em 30 de abril de 1948 porque tinham "em boa fé" ido a Ghiaie di Bonate ( não conheciam ainda a posição da Igreja em relação àquelas aparições), se realmente nada de especial aconteceu em Ghiaie di Bonate, não teriam de certo sonhado em ir a rezar a Nossa Senhora e pedir graças naquele local desconhecido. Todas aquelas curas teriam acontecido? Quando? 

2. Para todos aqueles que, desde 1948 ate hoje, "não mais em boa fé" porque conhecendo o "nada consta" e as proibições do decreto episcopal), acreditaram pelo contrário na inocência de uma menina de sete anos e foram em peregrinagem ao local das aparições e rezando sozinhos ou em grupo, com ou sem a presença de sacerdotes, e invocaram especificamente a ajuda de Nossa Senhora di Ghiaie ( dos Cascalhos) di Bonate ou da Rainha da Família obtendo graças especiais ou curas, com devem-se sentir premiados? De certo por ter acreditado nas aparições e nas revelações da Virgem Maria a Adelaide Roncalli em Ghiaie di Bonate e ter invocado especificamente a ajuda de Nossa Senhora delle Ghiaie ou Rainha da Família. Não com certeza como indicado no decreto. 

O encontro com Pio XII
Em 1949, um ano depois da publicação do decreto episcopal, Papa Pio XII recebeu em audiência particular a menina Adelaide Roncalli que lhe revelou o segredo a ele reservado que Nossa Senhora tinha lhe confiado em 17 de maio de 1944 durante a quinta aparição. O Papa, recebendo Adelaide, manifestava certamente acreditar nas aparições de Ghiaie di Bonate, caso contrario, o que teria levado aquele grande pontífice a receber a menina, visto o "nada consta" do decreto episcopal? 

A carta de Papa João XXIII
Em 8 de julho de 1949, Papa João XXIII enviou uma carta a Monsenhor Giuseppe Battaglia bispo de Faenza "sobre o caso de Ghiaie". 

"Reservada, 8-VII-1960
Cara Excelência, estamos sempre unidos em pensamento, em coração, em orações. Sobre o caso de Ghiaie deve entender que devemos começar não do vértice mas do plano: e não tocar quem deve pronunciar não a primeira mas a última palavra. Mais do que do conteúdo, aqui se deve tomar em consideração as circunstâncias, que devem ser estudadas e muito consideradas. 
O que vale em "subiecta materia" é o depoimento da vidente: e a base do que ainda confirma depois de 21 anos está de acordo com a sua primeira afirmação com 7 anos: e retirada depois de ameaças, do medo do inferno que alguém lhe fez sentir. Parece que insista o terror daquelas ameaças. De qualquer forma V. Exma. compreende que não é prático, nem útil, que o primeiro passo para uma revisão venha do abaixo assinado a quem toca o "verbum" para a Congregação dos ritos, ou de outro ministério, que a seu tempo faça "faciat verbum cum S.S. " etc.
Desculpe a simplicidade das minhas palavras. E esteja sempre bem " in laetitia et in benedictione" mesmo se "dies mail sunt".
Assinado o XII". 

Um comentário de Padre Pio

Padre Pio teria falado as pessoas de Bonate que o procuraram em Petralcina.

 " Mas o que vocês vêm fazer aqui, aqui em baixo( na Italia), vocês que têm a vossa Nossa Senhora de Bonate"? 

A petição ao bispo de 1974
No 30º aniversário das aparições, o sr. Cortinovis apresentou ao bispo Monsenhor Clemente Gadd petição acompanhada de 7000 assinaturas de fiéis os quais manifestavam o desejo de rezar com o consentimento do bispo no local das aparições. 

Monsenhor Gadd disse que não podia reabrir o processo se não tivesse novos elementos, sérios e graves; e logo continuavam em vigor as disposições dos anteriores bispos, mas acrescentou que não podia proibir, nem impedir a nenhuma pessoa ou a grupos de pessoas de ir ao local e rezar por Nossa Senhora. 

A reafirmação solene

Em 20 de fevereiro de 1989. Adelaide Roncalli decidiu reafirmar solenemente e oficialmente em frente a um tabelião, a veracidade das aparições: 

"Eu, abaixo assinada Adelaide Roncalli, natural de Ghiaie di Bonate Sopra, nascida em 23 de abril de 1937, no meu quadragésimo quinto aniversário volto a declarar, como já fiz outras vezes em ocasiões precedentes, que sou absolutamente convicta de ter visto as Aparições da Nossa Senhora em Ghiaie di Bonate de 13 ao 31 de maio de 1944 quando tinha 7 anos. As vicissitudes por mim dolorosamente vividas desde então, as ofereço a Deus e a legítima autoridade da Igreja, a quem interessa reconhecer ou não o que com a consciência tranqüila e em seguro possesso das minhas faculdades mentais digo que seja verdade." 

Em fé. Adelaide Roncalli. 

20 de fevereiro de 1989. 
A Espera

O padre missionário Cândido Maffeis ( aquele rapazinho que, na 2º aparição, fez perguntar a Nossa Senhora através de Adelaide se seria sacerdote) disse em uma entrevista:

" Estes quarenta anos, ao invés de apagar a minha fé na Nossa Senhora que apareceu em Ghiaie, tiveram um fio, podemos chama-lo de subterrâneo ou celeste, que mantiveram viva a minha fé que um dia Nossa Senhora colocaria as coisas no lugar Dela, porque os homens fizeram tanta confusão entre as pessoas, idéias, mensagens e paixões pessoais, ideológicas e científicas, com uma medida demasiadamente humana, de partido, e abafaram e confundiram o luminoso evento histórico de Ghiaie... "
Convite a oração:

 O acesso ao local das aparições na localidade Torchio di Ghiaie di Bonate é livre. Cada um pode ir orar quando acha melhor, seja de dia ou de noite. 

O fluxo de peregrinos é contínuo sobretudo de sábado e domingo, a cada dia 13 do mês e durante os dias das aparições. 

Ajudemos com as suas orações para que logo aconteça o triunfo de Nossa Senhora da Ghiaie (dos Cascalhos), Rainha da Família. 

Hoje, as palavras de padre Cândido, são mais atuais do que nunca.

É verdade, a chama não se apagou, aliás está mais forte do que antes e a "Senhora bela e majestosa" tece a sua teia e chama a Ghiaie di Bonate. 

Basta andar na Capela das aparições de 1944, seja de dia ou de noite, para ver o contínuo fluxo de fiéis e peregrinos e entre eles tantos jovens há procura de conforto. 

Não é necessário dar juízos, bastam as palavras que Nossa Senhora disse a Adelaide na última aparição:

"suporta tudo com paciência que virá comigo no paraíso. Aqueles que voluntariamente te farão sofrer não irão para o paraíso se antes não tiverem consertado tudo e se arrependido profundamente. " 

Continuamos vigilantes na espera, porque um dia, inesperadamente, a "Senhora Bela e Majestosa" intervirá e..... no fim o seu Coração Imaculado triunfará. 

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Vozes do Céu 20
Que conta a história das 
Aparições de Ghiaie Di Bonati
à Vidente Adelaide Roncalli

(0xx12) 9 9701-2427

OU PODE PEDIR PELO E-MAIL:
mensageiradapazjacarei@gmail.com


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