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JACAREÍ, 14 DE OUTUBRO DE 2012
1ª MENSAGEM DE SÃO GERALDO
MAGELA
MENSAGEM DE SÃO
GERALDO MAGELA
“- Amados irmãos Meus, Eu, GERALDO MAGELA, venho hoje pela
primeira vez dar-vos a Minha mensagem e saudar-vos com a paz do Senhor. Venho,
porque o teu amor me atraiu Marcos, a tua devoção por Mim me atraiu. E aqui
estou! Para te abençoar hoje e abençoar a todos por tua causa. Sim! Pela grande
amizade que já tens por mim e Eu tenho por ti, Eu vou abençoar a todos aqueles,
a todos que estão Aqui, a todos os que como tu, também me amarem, se tornarem
Meus amigos, Meus devotos e Meus imitadores.
Eu vos chamo hoje a amardes a Jesus Crucificado, a amardes o
amor, a amardes Maria Santíssima amando o belo amor com todas as fibras do
vosso coração, com toda a vossa alma para que assim, vós sejais verdadeiramente
Palácios do Senhor, Palácios da Mãe de Deus, Seu segundo Céu na Terra.
Sede o segundo Céu de Jesus e Maria, amando-os com todas as
forças do vosso coração. Dando à Eles completamente a vossa alma, o vosso sim
generoso e doando-vos, ofertando a vossa vida todos os dias a Eles para que se
cumpra nela a Santa vontade do Senhor e da Mãe de Deus. Assim, vós sereis
verdadeiramente sinais de Sua presença e de Seu amor no mundo. E então, todas
as almas serão finalmente iluminadas e salvas pela graça de Deus que se
espargirá por meio de vós sobre todas as almas.
Sede o segundo Céu de Jesus e Maria, procurando todos os
dias cumprir a vontade santa deles e desprezando a vossa. Crescendo no
verdadeiro amor, entregando-vos sempre mais ao amor de Deus e procurando a todo
o momento corresponder a este amor. Deixai-vos abrasar por este amor!
Deixai-vos encher por esse amor! Deixai-vos crescer neste amor que vos
escolheu, que vos elegeu para conhecerdes as Mensagens das Aparições de Jacareí
e assim, vos tornardes grandes santos e salvardes as vossas almas.
Vivei por este amor. Dai toda a vossa vida por este amor.
Amai este amor e este amor vos amará. Escolhei este amor e ele vos escolherá.
Preferi este amor, e ele vos preferirá a todos os outros e vos encherá com a
abundância de seus dons e de suas graças e vos tornará sumamente belos aos olhos
do Senhor e aos olhos dos homens.
Sede o segundo Céu de Jesus, Maria e José procurando imitar
Jesus, Maria e José nas Suas virtudes, no Seu amor, na Sua generosidade na Sua
pureza, inocência e bondade e assim, as vossas almas, como flores viçosas de primavera
crescerão e se tornarão verdadeiramente um belo jardim para encantar os
Sagrados Corações deles e a Santíssima Trindade. Eu Geraldo vou ajudar-vos a
crescerdes cada vez mais nas virtudes, no perfeito amor. Mas preciso do vosso
sim fiel, total, sem reservas sem limites dado a Jesus, a sua Mãe Santíssima e
a São José para que eu possa conduzir-vos por essa via de perfeição.
Que os jovens dêem o seu sim como eu dei a Jesus abraçando-o
e abraçando a sua cruz, não tendo outra esposa que não a Santa Cruz, a Santa
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não tendo outra noiva senão a Virgem
Santíssima, noiva celestial de todas as almas que amam a Jesus e dão a sua vida
completamente a Jesus por meio Dela. Não amando outra coisa que não o Sagrado
Redentor em quem é abundante a redenção.
A todos, neste momento, a este lugar tão querido do Meu
coração no qual Eu anceiava descer há muito tempo já, e hoje, finalmente, o
Senhor Aqui me enviou com Sua Mãe para abençoá-lo, para derramar sobre ele as
graças que Eu trago da parte do Senhor. Para derramar sobre vós as graças do
Meu coração. Para derramar sobre o Meu queridíssimo amigo Marcos as graças
eficazes da minha poderosíssima intercessão. A Todos vós hoje abençoo
generosamente com todo o Meu amor, com todo o Meu coração neste momento...
Em breve voltarei e sobre todos vós agora desça a abundancia
das bençãos celestiais do todo poderoso e da Mãe do Senhor.”
Marcos: “Farei tudo. Tudo o que Tu quiseres.” (Pausa)
“Até breve! Volte logo, sim!?”
São Geraldo Majela
1726-1755
Geraldo nasceu em Muro, no sul da Itália, no dia 6 de abril
de 1726. Nasceu de uma família pobre de bens, mas rica de bênçãos.
Domingos Majela e Benedita Majela foram os seus pais.
O pai Domingos, era alfaiate. A mãe Benedita, era lavadeira. Os dois se amavam
com um amor imenso. Deste amor puro e santo nasceu-lhes o Geraldo. O filho
Geraldo, tinha o jeito de anjo. Era bom. Era uma graça. Era de paz.
Ele foi batizado no mesmo dia em que nasceu. Seus pais
entendiam que Deus em seus planos não deixa ninguém nascer à toa. Quem nasce é
para ser gente; é para sentir-se amado e saber-se capaz de amar. É neste
sentido que está certo quem disse:
"Amar a vida é mais do que construir
catedrais!"
O menino Geraldo era franzino de corpo. De espírito, porém,
era robusto. Deus lhe deu uma inteligência brilhante. Os professores logo viram
nele um prodígio.
Em geral as crianças são egoístas e cheias de manhas. Por
incrível que pareça, Geraldo com apenas 7 anos já sabia quem eram os outros
para ele. Que beleza quando na família os pais ensinam o evangelho aos filhos
com a vida!
Foi dos pais que Geraldo aprendeu desde pequeno o amor ao
trabalho e a sabedoria da oração.
Daí floriu a sua vocação.
Conforme o testemunho de suas próprias irmãs, ele era muito
dedicado às devoções, também se confessava todos os dias e se disciplinava
diariamente.
Aos sete anos, em vista da pobreza da família, dirigia-se à
ermida de Capodigiano, onde recebia um pãozinho branco que o Menino Jesus lhe
entregava e com quem ele brincava. Somente mais tarde, quando já na
Congregação, Geraldo compreende quem era aquele Menino.
Entregava-se à oração. Sua mãe encarregava-se de educá-lo na
fé. Conforme ele mesmo conta, como tivesse muita vontade de comungar e que por
causa de sua idade não lhe era possível, São Miguel apareceu-lhe de noite para
lhe dar a comunhão.
Assim como afirma posteriormente, fazia o próprio Menino
Jesus.
Juventude
Por causa da necessidade do lar, sua mãe o mandou à alfaiataria do senhor Martin Pannuto, mestre alfaiate, para que Geraldo aprendesse uma profissão e assim pudesse ajudar nas despesas da casa. Aí sua bondade de vida e sua simplicidade eram interpretadas como estupidez, e todos zombavam dele, insultavam-no, chegando até a maltratá-lo.
Mas sua resposta era sempre:
"Meu Deus, que se faça a tua vontade".
Ali no esforço diário foi assimilando o mistério da Cruz de
Cristo.
São Miguel dá a Comunhão para o menino Geraldo
Geraldo preparou-se para a comunhão, e a desejava
ardentemente. O Padre, desconhecendo seu coração, achou que ele era muito novo
para comungar. Geraldo ficou muito desapontado e foi reclamar para São Miguel,
nas suas orações. Já em casa, à noite, São Miguel veio em seu socorro e deu a
comunhão para o pequeno Santo.
Milagre da chave
Geraldo perdeu uma chave importante dentro de um poço. Foi
seu amigo Menino Jesus que o ajudou novamente. Tomou a imagem em suas mãos e
pediu: "Vá buscar para mim". Logo em seguida, desceu a imagem pelo
poço. Quando puxou de volta, lá estava a chave na mão do Menino Jesus.
Trabalhando para o Bispo
Quando tinha 14 anos, chegou Dom Albino à cidade de Muro e
lhe administrou o sacramento da crisma, que deverá ser o sinal da fortaleza e
do valor que marcarão toda a sua vida. Dom Albino era natural de Muro.
Com o Bispo, lá se foi Geraldo para ser seu empregado. Nesse
ofício precisou praticar verdadeiro heroísmo. Um sacerdote contemporâneo deixou
por escrito, sob juramento, esta declaração:
"O Bispo irascível se irritava por qualquer
coisinha.
Impacientava-se com tudo. Se nunca chegou a bater em
Geraldo, contudo, não lhe poupou toda classe de censuras".
Dom Albino cria-se no direito de fazer o que bem entendesse
com seu jovem empregado.
Fazia-o trabalhar sem descanso e reprovando-o sempre de não
fazer tudo o que devia e de fazê-lo mal.
Era impossível agradá-lo. Geraldo, por sua parte, tinha para
com ele grande respeito e dedicação. Seu espírito de mortificação e penitência
encontrou ali um bom lugar de realização.
A tudo isso ia unindo seus jejuns e uma intensa vida de
oração.
O tempo que passava numa capela da vizinhança era algo que
se repetia diariamente. Mas o Bispo adoeceu.
E Geraldo, depois de cuidar dele como se fosse seu próprio
pai, após a sua morte, teve de deixar Lacedônia.
Trabalhando em sua alfaiataria
Em 1745, com 19 anos, voltou para Muro onde montou uma
alfaiataria. Seu negócio prosperou, mas ele não ganhou muito dinheiro.
Praticamente dava tudo para os outros. Guardava o que era necessário para sua
mãe e suas irmãs e dava o resto aos pobres ou para Missas em sufrágio das almas
do purgatório. Geraldo não passou por uma conversão repentina e espetacular,
apenas foi crescendo constantemente no amor de Deus. Durante a Quaresma de 1747
ele resolveu ser completamente semelhante a Cristo o quanto lhe fosse possível.
Fez penitências mais severas e procurava explicitamente a humilhação,
fazendo-se passar por louco e sentindo-se feliz quando riam dele nas ruas. Sua
preocupação com os pobres e necessitados era grande, ao ponto de se privar do
necessário, quando via alguém sofrendo penúria.
Buscando sua vocação
Mas Geraldo sentia que o Senhor tinha escolhido para ele um
outro lugar. Assim, entra em contato com os capuchinhos, mas em vão solicita
ser admitido, mesmo na condição de empregado.
Não é aceito, dada sua saúde precária e sua aparência
doentia. Para Geraldo esse golpe foi terrível. Contudo, entrega-se à oração,
pedindo a Deus que o encaminhasse para vida religiosa.
Mas tendo chegado a Muro seu amigo Luca Valpiedi, antigo
condiscípulo, parte com ele para ajudá-lo em seu colégio, no cuidado das
crianças. Ali encontrou um novo calvário.
Naquele tempo caiu-lhe em mãos certa obra de Antônio de
Olivedi, intitulada: "O ano doloroso de Jesus Cristo". Cada palavra
daquele escrito foi um dardo penetrante no coração do nosso jovem Geraldo.
Sentiu crescer extraordinariamente suas ânsias de sofrer mais e mais para
assemelhar-se ao Redentor.
Vocação
Quando tinha 22 anos chegaram a seu povoado alguns
missionários.
Eram os Redentoristas, e entre eles achava-se o Irmão Onofre que contou a
Geraldo como era sua vida. Mas, percebendo que o jovem estava entusiasmado,
mudou de assunto, dizendo-lhe que ele não resistiria àquele tipo de vida.
Pouco tempo depois voltaram os missionários. Entre eles
estava o Padre Paulo Cáfaro, que depois de muito vaivém e oposições lhe permite
que o acompanhe ao convento. "Meu filho, lhe diz, você me venceu. Recebo-o
como religioso, e que Deus lhe dê saúde e forças para perseverar até a morte".
Enviou-o para lliceto com uma carta ao superior. Na carta
ele dizia: "Aí vai um irmão inútil para o nosso trabalho. Ele não tem
saúde. É fraco. Mas eu não pude rejeitar sua admissão sem dar-lhe uma chance.
Ele insistiu até cansar-me e é grande a consideração que lhe têm os moradores
de Muro". Geraldo vibrou.
Deixar a casa, sua mãe e as irmãs foi um drama para Geraldo.
Teve de fugir. Deixou-lhes apenas um bilhete, no qual dizia: "Querida
mamãe e irmãs, fugi. Já estou com os redentoristas. Não se preocupem. Vou
tornar-me santo. Esqueçam-me. Adeus!”
No dia 17 de maio de 1749, Geraldo partia radiante de
alegria para a casa de noviciado de Iliceto. Em novembro desse mesmo ano vestia
a batina redentorista e começava sua interiorização na vida religiosa.
O Padre Cáfaro seria o seu mestre de noviciado, e também seu
diretor espiritual. E sendo esse sacerdote tão severo, contudo, teve de se
esforçar por moderar para que Geraldo não se consumisse pelas
penitências.
Desde o começo passou a ser na comunidade um modelo de abnegação e serviço. Trabalhador como só ele, muito dedicado à oração, exemplo de virtudes. Tudo isso fez com que ganhasse logo a simpatia e estima de seus confrades. No dia 16 de julho de 1752 fez sua profissão religiosa.
Já religioso, sua vida desenvolvia-se no cuidado constante
de seus deveres comunitários, de um modo especial, prestando serviços a seus
irmãos, e na preocupação pelo seguimento de Cristo missionário, anunciando aos
pobres a palavra divina.
Sua vida era a concretização das Regras. O respeito por seus
coirmãos e em particular pelos superiores (nos quais encarnava a vontade de
Deus), atingia os limites de heroicidade. Pensemos como soube calar-se diante
de Santo Afonso quando foi caluniado...
No convento de Iliceto realizavam-se retiros espirituais
para sacerdotes e leigos no decorrer do ano. Para Geraldo era uma ocasião
propícia para extravasar o seu zelo. Muitos pecadores que nem sempre se
comoviam com as palavras dos pregadores se rendiam às exortações e súplicas do
zeloso Irmão. Até padres renitentes no mal, tocados pelas humildes
considerações de Geraldo, mudavam de vida.
Nesta quadra de sua existência a fama de sua santidade ia
crescendo sempre mais e inúmeros os prodígios a ele atribuídos como curas de
muitos doentes. Sempre que podia Geraldo continuava sua assistência aos pobres
e necessitados tanto é verdade que tempo é questão de opção. Ele nem falhava
nas tarefas que os superiores lhe davam, nem à oração na qual vivia imerso e
ainda tinha como ir ao encontro dos indigentes e doentes. Isto se deu sobretudo
quando, diante das dificuldades do Convento, foi escalado para recolher
esmolas.
A Grande Provação
A santidade verdadeira deve sempre ser testada pela cruz, e
assim, em 1754, Geraldo devia sofrer uma grande provação, aquela que bem pode
ter merecido a ele o poder especial para assistir às mães e a seus filhos. Uma
das suas obras de apostolado era a de encorajar e assistir as moças que queriam
entrar para o convento. Muitas vezes ele até garantiu o necessário dote para
alguma moça pobre que de outra forma não poderia ser admitida numa ordem
religiosa.
Néria Caggiano era uma das moças assistidas desta forma por
Geraldo. Porém, ela achou desagradável a vida do convento e dentro de três
semanas voltou para casa. Para explicar sua atitude, Néria começou a espalhar
mentiras sobre a vida das freiras, e quando o povo de Muro recusou-se a
acreditar em tais histórias a respeito de um convento recomendado por Geraldo,
ela resolveu salvar sua reputação destruindo o bom nome do seu benfeitor. Para
isto, numa carta dirigida a Santo Afonso, o superior de Geraldo, ela o acusou
de pecados de impureza com a jovem de uma família em cuja casa muitas vezes
Geraldo ficava nas suas viagens missionárias.
Geraldo foi chamado por Santo Afonso para responder a
acusação. Mas em vez de se defender, permaneceu em silêncio, seguindo o exemplo
do seu divino Mestre. Diante deste silêncio, Santo Afonso nada pôde fazer senão
impor ao jovem religioso uma severa penitência: foi negado a Geraldo o
privilégio de receber a santa Comunhão e foi-lhe proibido todo contato com os
de fora.
Não foi fácil para Geraldo renunciar aos trabalhos pelo bem
das almas, mas este era um sofrimento pequeno em comparação com a proibição de
comungar. Sentiu isto tão profundamente, que chegou a pedir para ficar livre do
privilégio de ajudar a Missa, receando que, a veemência do seu desejo de
receber a comunhão o fizesse arrancar a hóstia consagrada das mãos do padre no
altar. Algum tempo depois, Néria ficou gravemente enferma e escreveu uma carta
a Santo Afonso confessando que as suas acusações contra Geraldo não passavam de
invenção e calúnia. O santo ficou cheio de alegria ao saber da inocência do seu
filho. Mas Geraldo, que não ficara deprimido no tempo da provação, também não
exultou indevidamente quando foi justificado. Em ambos os casos sentiu que a
vontade de Deus tinha sido cumprida, e isto lhe bastava.
Canonização
Embora a fé no santo fosse muito grande, contudo, somente em
abril de 1839 foi aberto em Muro o processo recolhendo os testemunhos daqueles
que o tinham conhecido e daqueles que tinham recebido alguma graça por meio
dele.
Em 1847, Sua Santidade Pio IX concedeu-lhe o título de
Venerável e em 1893 o Papa Leão XIII o declarou Beato.
Finalmente, no dia 11 de dezembro de 1904, o Papa Pio X
canonizou Geraldo Majela em meio a uma magnífica cerimônia, como é costume em
tais ocasiões.
Personalidade e Espiritualidade de São Geraldo
Últimos Dias
Geraldo tinha exigido de seu corpo mais do que ele podia
dar. Sua saúde estava destruída. A anemia consumia-o e seus pulmões já não
trabalhavam como deviam. Contudo, continuou esforçando-se em servir os outros e
em enfraquecer sua pessoa.
Em 1755 Geraldo sai para pedir esmolas para a construção do
convento de Caposele. Sente-se mal.
É a tuberculose. Estava com 29 anos. Ao morrer diz ao superior:
"Meu leito é a vontade de Deus. Ele e eu somos uma só coisa".
No dia 16 de outubro de 1755, com apenas 29 anos de idade, e
somente 7 na Congregação, entregou a Deus seu espírito.
Seus funerais foram grandiosos e soleníssimos. De Caposele e
de todos os povoados vizinhos, a multidão acorreu atropelando-se para
despedir-se do santo e solicitar graça por sua intercessão.
E como em vida realizou tantos prodígios, maiores foram os
milagres que realizou depois da morte. E a piedade popular que por ele sente a
Itália e muitos outros lugares, é com justa razão.
A Canonização
Embora a fé no santo fosse muito grande, contudo, somente em
abril de 1839 foi aberto em Muro o processo recolhendo os testemunhos daqueles
que o tinham conhecido e daqueles que tinham recebido alguma graça por meio
dele.
Em 1847, Sua Santidade Pio IX concedeu-lhe o título de
Venerável e em 1893 o Papa Leão
Finalmente, no dia 11 de dezembro de 1904, o Papa Pio X
canonizou Geraldo Majela em meio a uma magnífica cerimônia, como é costume em
tais ocasiões.
Oração a São Geraldo
Ó São Geraldo, celestial amigo dos infelizes, ao nos
lembrarmos dos grandes milagres que operastes em vida, aumentados
admiravelmente após a vossa preciosa morte, quer nos parecer que eles nos
clamam: Confiança! Confiança! Tenham confiança!
Bem sabemos que é grande o favor que pedimos e muito acima
de nossos merecimentos. Reconhecemos até sermos mais dignos de castigos que
favores; pois sem dúvida é justa a punição de nossos pecados, o bem que nos
falta e as aflições e dificuldades que nos fazem suplicar. De certo, atraímos
sobre nós e sobre aqueles que nos são caros a ira de Deus, transgredindo
voluntariamente os preceitos divinos e permitindo que outros também o fizessem.
Choramos agora todas as nossas culpas.
Pedi, ó carinhoso São Geraldo, pedi ao bom Pai Celeste que
nos perdoe. Ainda que seja justo sermos castigados por nossos pecados, afastai
de nós e de nossos queridos os flagelos da justiça divina.
Alcançai-nos, pelos méritos das sublimes virtudes que vos
fizeram eterno amigo de Deus, a graça que com toda confiança pedimos por esta
oração. Ó São Geraldo, nosso amigo, nosso milagroso benfeitor, rogai por nós a
Jesus e Maria, e seremos certamente atendidos.
São Geraldo Majela
Geraldo nasceu em 1726 em Muro, pequena cidade do sul da
Itália. Sua mãe, Benedetta, foi uma bênção para ele, pois ensinou-lhe o imenso
amor de Deus que não conhece limites. Ele era feliz por estar perto de Deus.
Geraldo tinha quatorze anos quando seu pai morreu e ele
ficou sendo o arrimo da família. Tornou-se aprendiz na alfaiataria da cidade e
era maltratado e agredido pelo mestre. Passados quatro anos de aprendizado,
quando ele poderia montar sua própria alfaiataria, disse que ia trabalhar como
empregado do bispo de Lacedônia. Seus amigos lhe aconselharam a não assumir o
trabalho. No entanto, os ímpetos de ira e as constantes repreensões que impediram
os outros empregados de permanecer mais que poucas semanas nada eram para
Geraldo. Foi capaz de exercer todos os encargos e trabalhou três anos para o
bispo até a morte deste. Quando acreditava que estava fazendo a vontade de
Deus, Geraldo aceitava qualquer coisa. Se batiam nele na alfaiataria ou se o
bispo não lhe dava valor, pouco importava; via o sofrimento como parte do seu
seguimento de Cristo. "Sua Senhoria gostava de mim" - dizia. E já
então, Geraldo costumava passar horas diante de Jesus presente no Santíssimo
Sacramento, o sinal do seu Senhor crucificado e ressuscitado.
Em 1745, com 19 anos, voltou para Muro onde montou uma
alfaiataria. Seu negócio prosperou, mas ele não ganhou muito dinheiro.
Praticamente dava tudo para os outros. Guardava o que era necessário para sua
mãe e suas irmãs e dava o resto aos pobres ou para Missas em sufrágio das almas
do purgatório. Geraldo não passou por uma conversão repentina e espetacular,
apenas foi crescendo constantemente no amor de Deus. Durante a Quaresma de 1747
ele resolveu ser completamente semelhante a Cristo o quanto lhe fosse possível.
Fez penitências mais severas e procurava explicitamente a humilhação,
fazendo-se passar por louco e sentindo-se feliz quando riam dele nas ruas.
Quis servir plenamente a Deus e pediu admissão no convento
dos Capuchinhos, não sendo porém aceito. Aos 21 anos tentou a vida de eremita.
Tal era a sua vontade de ser semelhante a Cristo, que aceitou imediatamente a
chance de representar o papel principal num Drama da Paixão, um quadro vivo
apresentado na catedral de Muro.
Com os Redentoristas
Em 1749, os Redentoristas estiveram em Muro. Eram quinze
missionários e tomaram de assalto as três paróquias da pequena cidade. Geraldo
seguiu cada detalhe da missão e decidiu que aquela devia ser a sua vida. Pediu
para ingressar no grupo missionário, mas o Pe. Cafaro, o Superior, recusou-o
por motivo de saúde. Tanto importunou os padres, que, ao deixarem a cidade, o
Pe. Cafaro sugeriu à sua família que o trancasse no seu quarto.
Usando um estratagema que desde então haveria de encontrar
imitadores entre os jovens, Geraldo amarrou os lençóis da cama e, descendo pela
janela, seguiu o grupo dos missionários. Fez uma dura caminhada de dezenove
quilômetros para chegar até eles. "Aceitem-me, me dêem uma chance, depois
me mandem embora se eu não for bom," dizia Geraldo. Diante de tamanha
persistência, Pe. Cafaro não pôde senão consentir. Mandou Geraldo para a
comunidade redentorista de Deliceto com uma carta em que dizia: "Estou
mandando um outro irmão, que será inútil quanto ao trabalho."
Geraldo sentiu-se absolutamente e totalmente satisfeito com
o modo de vida que Santo Afonso, fundador dos Redentoristas, traçou para os
seus religiosos. Ficava radiante ao constatar como era central o amor a Jesus
sacramentado e como era essencial o amor a Maria, Mãe de Jesus.
Professou os primeiros votos na data de 16 de julho de 1752,
que, conforme ele ficou sabendo com alegria, era a festa do Santíssimo Redentor
e também o dia de Nossa Senhora do Carmo. Desde esse dia, com exceção de
algumas visitas a Nápoles e do tempo passado em Caposele onde morreu, a maior
parte da vida de Geraldo foi vivida na comunidade redentorista de Iliceto.
O rotulo de "inútil" não duraria muito. Geraldo
era um excelente trabalhador e nos anos seguintes foi por várias vezes
jardineiro, sacristão, alfaiate, porteiro, cozinheiro, carpinteiro e
encarregado das obras da nova casa de Caposele. Aprendia rápido: visitando a
oficina de um escultor, logo começou a fazer crucifixos. Era uma jóia na
comunidade. Tinha apenas uma ambição: fazer em tudo a vontade de Deus.
Em 1754 o seu diretor espiritual pediu-lhe que escrevesse
qual era o seu maior desejo. Ele escreveu: "amar muito a Deus; estar
sempre unido com Deus; fazer tudo por amor de Deus; amar a todos por amor de
Deus; sofrer muito por Deus. Minha única ocupação é fazer a vontade de
Deus."
A Grande Provação
A santidade verdadeira deve sempre ser testada pela cruz, e
assim, em 1754, Geraldo devia sofrer uma grande provação, aquela que bem pode
ter merecido a ele o poder especial para assistir às mães e a seus filhos. Uma
das suas obras de apostolado era a de encorajar e assistir as moças que queriam
entrar para o convento. Muitas vezes ele até garantiu o necessário dote para
alguma moça pobre que de outra forma não poderia ser admitida numa ordem
religiosa.
Néria Caggiano era uma das moças assistidas desta forma por
Geraldo. Porém, ela achou desagradável a vida do convento e dentro de três
semanas voltou para casa. Para explicar sua atitude, Néria começou a espalhar
mentiras sobre a vida das freiras, e quando o povo de Muro recusou-se a
acreditar em tais histórias a respeito de um convento recomendado por Geraldo,
ela resolveu salvar sua reputação destruindo o bom nome do seu benfeitor. Para
isto, numa carta dirigida a Santo Afonso, o superior de Geraldo, ela o acusou
de pecados de impureza com a jovem de uma família em cuja casa muitas vezes
Geraldo ficava nas suas viagens missionárias.
Geraldo foi chamado por Santo Afonso para responder a
acusação. Mas em vez de se defender, permaneceu em silêncio, seguindo o exemplo
do seu divino Mestre. Diante deste silêncio, Santo Afonso nada pôde fazer senão
impor ao jovem religioso uma severa penitência: foi negado a Geraldo o
privilégio de receber a santa Comunhão e foi-lhe proibido todo contato com os
de fora.
Não foi fácil para Geraldo renunciar aos trabalhos pelo bem
das almas, mas este era um sofrimento pequeno em comparação com a proibição de
comungar. Sentiu isto tão profundamente, que chegou a pedir para ficar livre do
privilégio de ajudar a Missa, receando que, a veemência do seu desejo de
receber a comunhão o fizesse arrancar a hóstia consagrada das mãos do padre no
altar.
Algum tempo depois, Néria ficou gravemente enferma e
escreveu uma carta a Santo Afonso confessando que as suas acusações contra
Geraldo não passavam de invenção e calúnia. O santo ficou cheio de alegria ao
saber da inocência do seu filho. Mas Geraldo, que não ficara deprimido no tempo
da provação, também não exultou indevidamente quando foi justificado. Em ambos
os casos sentiu que a vontade de Deus tinha sido cumprida, e isto lhe bastava.
A origem do "Santo das Mães”
Dois milagres, em particular, destacaram-se como
significativos na confirmação de Geraldo como Santo Padroeiro das futuras mães.
O primeiro foi escolhido, detalhado e aceito no processo de sua canonização.
Aconteceu em Senerchia, onde uma mulher estava morrendo durante o parto. Seu
marido e família conheciam Geraldo do trabalho de missões e pediram-lhe para
orar por eles. Ele orou e a mãe e o bebê sobreviveram.
O segundo milagre aconteceu muitos anos mais tarde, após a
morte de Geraldo. Ele era bem conhecido na cidade de Oliveto, a algumas milhas
de Caposelle, e tinha muitos amigos. Foi para Oliveto para fazer uma visita de
despedida para a família Pirofalo. Quando estava partindo, seu lenço caiu no
chão. Uma jovem garota da família apressou-se para pegá-Io e devolvê-lo.
"Guarde-o", disse Geraldo, "pode lhe ser útil
algum dia". Anos depois, aquela garota esperava seu primeiro filho e
estava gravemente doente. Temia-se que nem a mãe nem o bebê pudesse sobreviver.
De repente, ela se lembrou de Geraldo. Pediu o lenço durante a oração, e logo
que o trouxeram ela começou a melhorar. Seu bebê nasceu sem qualquer problema.
A história chegou até nós através de seu neto, que recordava
como sua avó guardava o lenço feito uma relíquia preciosa.
O mundo maravilhoso de São Geraldo
Geraldo parecia estar em contato tão próximo com Deus que
milagres simplesmente o rodeavam. Sua vida era um milagre continuo. Multiplicou
o pão quando os pobres passavam necessidade. Quando as colheitas se perderam em
1754 e aconteceu um rígido inverno, eles vieram em centenas para a porta do
mosteiro. Dúzias de pães eram assadas e Geraldo doava tudo.
Os irmãos da comunidade protestaram um dia quando as
despensas estavam vazias.
“Deus proverá", disse Geraldo.
O cozinheiro ficou surpreso ao descobrir o que Deus fez.
Quando voltaram a olhar a despensa, ela estava cheia novamente. Um dos fatos
mais espetaculares na vida memorável de Geraldo aconteceu na Bala de
Nápoles.
Tinha caído uma grande tempestade e um navio, não se sabe se
era um pesqueiro a vapor ou navio mercante, estava na tormenta sem qualquer
ajuda. Espectadores assustados encheram a praia. Geraldo fez o sinal da cruz e
disse em voz alta:
"Em nome da Santa Trindade, aproximem-se!"
E andando através da água, ele trouxe o navio seguro para o
porto de Nápoles. Tornou-se mais famoso pela sua compaixão pelos doentes. Curou
um jovem que estava morrendo de tuberculose, uma garota aleijada de nascença e
um homem que sofria de câncer.
Seus dons eram muito conhecidos. Então, as pessoas o seguiam
onde quer que ele fosse. Perguntado sobre um milagre, ele o atribuía ao
tabernáculo: "Jesus opera milagres e distribui a graça, não eu".
Fugia dos títulos de honra, desviava-se por becos e pelas portas do fundo,
fazia qualquer coisa para evitar a glória que sabia pertencer a Deus.
De poucos santos se recordam tantos fatos prodigiosos como
de São Geraldo. Seus processos de beatificação e de canonização revelam que
seus milagres eram os mais variados e numerosos.
Milagre do pãozinho branco
Quando menino, a família de Geraldo passava por muitas
necessidades. Ao sair para brincar, o próprio menino Jesus levava para ele um
pãozinho branco, que era dividido com suas irmãs e seus pais.
Com freqüência entrava em êxtase enquanto meditava sobre
Deus e sua santa vontade, e nessas horas podia-se ver seu corpo erguer-se
alguns palmos do chão. Há testemunhos autênticos de que em mais de uma ocasião
foi-lhe concedido o insólito milagre de ser visto e de conversar em dois
lugares ao mesmo tempo.
Ele devolveu a vida a um garoto que tinha caído de um alto rochedo; abençoou a magra provisão de trigo pertencente a uma família e ela durou até a colheita seguinte; várias vezes multiplicou o pão que estava distribuindo aos pobres.
Certo dia andou sobre as águas para levar um barco de pescadores entre as ondas tempestuosas até a segurança da praia. Muitas vezes Geraldo contou às pessoas pecados secretos de suas almas que tinham vergonha de confessar e levou-as a penitência e ao perdão.
O seu milagroso apostolado em favor das mães também começou
durante a vida. Um dia, ao sair da casa de amigos, a família Pirofalo, uma das
moças o chamou dizendo que tinha esquecido o lenço. Num momento de intuição
profética, disse Geraldo:
"Guarda-o, pois te será útil um dia."
O lenço foi guardado como uma preciosa lembrança de Geraldo.
Anos mais tarde aquela moça estava em perigo de morte em trabalhos de parto.
Lembrou-se das palavras de Geraldo e pediu o lenço. Quase imediatamente o
perigo passou e ela deu à luz uma criança sadia. Em outra ocasião pediram as
orações de Geraldo para uma mulher grávida que corria perigo junto com o filho.
Tanto ela como a criança saíram ilesas do perigo.
CONTA A HISTÓRIA QUE UMA PESSOA DE SUA CIDADE DEIXOU CAIR
UMA CHAVE NO POÇO, E PEDIRAM A AJUDA DO SANTO, E PRA SURPRESA GERALDO PEGOU UMA
PEQUENA IMAGEM DE JESUS DESCEU ELA, E QUANDO A LEVANTOU A CHAVE ESTAVA NAS MÃOS
DA IMAGEM!!
Seu conterrâneo e amigo Alexandre Del Piccolo, que se casara
há pouco pela segunda vez, foi visitá-lo em Materdomini. Geraldo o aconselhou:
"Alegre-se e ame de coração sua esposa, apesar das dificuldades que virão.
Ela está grávida de 40 dias e dará à luz um Menino".
E assim aconteceu. E Alexandre, feliz com o menino, o fez
batizar com o nome de Geraldo.
Geraldo converte pecador
O Santo recebeu de Deus um dom de tomar ciência dos pecados
das pessoas. Com isso ele os ajudava a fazerem uma boa confissão e se
libertarem do mal.
Jovem é liberta
Geraldo expulsou um demônio que atormentava a uma jovem.
Salvando um cavalo
Santíssima Trindade socorre Geraldo do demônio
Considerando-se muito esperto, o demônio atormentou Geraldo,
ameaçando afogá-lo no rio, quando seguia em uma noite chuvosa por meio de uma
floresta. Geraldo ordenou ao demônio, em nome da Santíssima Trindade, que ao
invés disso, o ajudasse a sair daquele lugar… o encardido não teve escolha!
Transformação
Compaixão
Geraldo multiplica os pães
São vários os relatos de milagres em que São Geraldo
multiplicou pães, obtendo alimento aos pobres de seu tempo.
Seguindo o Mestre
Certo dia andou sobre as águas para levar um barco de
pescadores entre as ondas tempestuosas até a segurança da praia. Geraldo caminhou
sobre as águas, como o Mestre: Jesus Cristo.
TRÊS GRAÇAS ALCANÇADAS COM O “LENÇO DE SÃO GERALDO”
Na vida de nosso querido santo, aparece, por vezes, um lenço
como instrumento de “milagres”. Como parte das comemorações pelo Centenário da
canonização de São Geraldo, aconteceu em Coronel Fabriciano, uma palestra que
atraiu uma platéia de mais de 530 pessoas. No final da palestra foram
distribuídos aos presentes “lencinhos de são Geraldo”, como recordação. E não é
que são Geraldo começou naquela mesma noite suas “travessuras” através deles!
Uma mãe, chegando a casa, cheia de fé, colocou o “lenço
abençoado” sobre a fronte de seu filhinho, invocando a proteção de são Geraldo.
Fazia bem tempo que a criança vinha sofrendo uma forte e incômoda dor de cabeça.
Simples cefaléia?!… Meningite?!… Aneurisma cerebral?!… Não se sabia. O que se
sabe é que, no outro dia, a dor tinha evaporado e não voltou mais. ”Uma graça
do “Protetor das mães e de seus bebês”, dando uma passadinha por ali”.
Outra mãe tinha um filho, padecendo muito com um feio e
purulento furúnculo. Pensavam em levar o garoto ao médico, no dia seguinte,
para lancetar a apostema. Mas, aquela mãe, invocando são Geraldo, aplicou o
“lenço abençoado” sobre a pare dorida da criança. No dia seguinte a pústula
tinha vazado toda e, dentro em breve, o menino já saltava por aí, livre da
infecção, por uma graça do “Padroeiro das mães e de seus bebês que, tendo
enfrentado em vida todos esses problemas de família, agora não falha ao ser
invocado”
Essa graça foi obtida por uma senhora católica fervorosa. Já
por muitas noites não conseguia dormir. Confiante, colocou o “lenço abençoado”
sobre as têmporas, recomendando-se ao “Padroeiro das mães e de seus
bebês”.Dormiu serenamente aquela noite e mais algumas horas do dia seguinte,
como reposição do sono perdido antes. E a insônia voou como um passarinho
espantado, para não mais voltar!Disse o P.e Paulo Cáfaro, referindo-se a
Geraldo, moço noviço, em Deliceto: “Deus brinca com este rapaz E, pelo andar da
carruagem, parece que o folguedo de Deus com Geraldo, está continuando. Talvez
se enchessem livros contando as travessuras desses dois”.
Morte e Glorificação
De saúde sempre frágil, era evidente que Geraldo não iria
viver muito. Em 1755 sofreu violentas hemorragias e disenteria, a ponto de sua
morte ser esperada para qualquer momento. No entanto, ele devia ainda ensinar
uma grande lição sobre o poder da obediência. O seu diretor mandou-lhe que
sarasse, se fosse da vontade de Deus, e imediatamente a doença pareceu
desaparecer, ele deixou o leito e juntou-se à comunidade. Sabia, porém, que
esta cura era apenas temporária e que tinha pouco mais que um mês de vida.
Pouco depois teve que voltar ao leito e começou a
preparar-se para a morte. Abandonava-se totalmente à vontade de Deus e escreveu
na porta do seu quarto: "Aqui se faz a vontade de Deus, como Deus quer e
por quanto tempo ele quer." Como freqüência ouviam-no recitar esta oração:
"Meu Deus, quero morrer para fazer vossa santíssima vontade." Pouco
antes da meia-noite do dia 15 de outubro de 1755, a sua alma inocente voltou
para Deus.
Na morte de Geraldo, o irmão sacristão, na sua euforia,
tocou os sinos à maneira festiva, em vez do toque fúnebre. Milhares de pessoas
vieram ver o corpo do "seu santo" e tentar obter uma última lembrança
daquele que tantas vezes os tinha ajudado. Após a sua morte, começaram a ser
relatados milagres em quase todas as regiões da Itália, atribuídos à
intercessão de Geraldo. Em 1893, o Papa Leão XIII o beatificou e, no dia 11 de
dezembro de 1904, o Papa Pio X o canonizou como santo.
O Santo das Mães
Por causa dos milagres que Deus fez por meio das preces de
Geraldo em favor das mães, as mães da Itália se afeiçoaram a Geraldo e fizeram
dele o seu padroeiro. No seu processo de beatificação, uma testemunha atesta
que ele era conhecido como "il santo dei felici parti" - o santo dos
partos felizes.
Milhares de mães tem experimentado o poder de São Geraldo
através da Liga de São Geraldo. Muitos hospitais dedicam a ele a ala da
maternidade e dão a seus pacientes medalhas e santinhos de São Geraldo.
Milhares de meninos recebem o nome de Geraldo dos pais, convencidos de que foi
a intercessão dele que os ajudou para que nascessem sadios. Há também moças que
tem um nome semelhante ao seu, e é interessante observar como
"Geraldo" se transforma em Geralda, Geraldina, Geraldino, Gerardo,
Geriane e Gerardete.
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